3 de fev. de 2014

Andragogia nas empresas

Os profissionais de desenvolvimento de pessoas devem avaliar cuidadosamente cada situação para definir se a Andragogia é aplicável ou não. “Em alguns casos, os adultos estão tão condicionados ao modelo convencional, baseado nos princípios unidirecionais de entrega de conteúdo, que acabam não sendo envolvidos pelo modelo”, reforça  Conrado Schlochauer, sócio-diretor do LAB SSJ. Nesse caso, convém utilizar o modelo convencional, pelo menos como ponto de partida para envolver os profissionais no processo educacional e, a partir daí, oferecer a eles os recursos necessários para que aprendam a assumir a responsabilidade pelo seu aprendizado e migrar pouco a pouco, para o modelo andragógico.

Já para Luiz Fernando Garcia, especialista em psicodinâmica aplicada aos negócios, os profissionais de Recursos Humanos aplicam o método empiricamente, pois, quando um colaborador ingressa na corporação, irá diretamente encontrar colegas de trabalho modelados com a prática que será realizada pelo iniciante na empresa. “Portanto, a prática cotidiana já será vivencial, tornando a aprendizagem andragógica  possível”, explica Luiz Fernando. Outro fator importante é que o profissional já tem um quadro de funções a serem desempenhadas dentro da organização, o que facilitará seu desempenho, pois ele já tem noção do que precisará realizar para garantir os resultados. 

Para aplicar a Andragogia é preciso, além de conhecer os princípios fundamentais da aprendizagem de adultos, definir quais são os objetivos e propósitos da aprendizagem e seus resultados esperados. Nos programas de desenvolvimento de pessoas, é preciso prestar atenção aos seguintes aspectos:

  1. O preparo dos aprendizes: O processo deve começar com um preparo dos adultos para a participação do programa, fornecendo-lhes informações sobre o programa e o conteúdo e ajudando-os a construir expectativas realistas de aprendizagem.
  2. O clima: Para ser propício à aprendizagem, o clima deve inspirar confiança, respeito e colaboração. A informalidade pode ser mais eficaz do que a formalidade nesse processo, pois facilita a troca de experiências.
  3. Planejamento: No processo de ensino andragógico, o aluno tem responsabilidade no planejamento de seu aprendizado, assim como o seu instrutor.
  4. Diagnóstico das necessidades: O que precisa ser aprendido é uma descoberta feita por aluno e instrutor, juntos.
  5. Definição de objetivos: Os resultados da aprendizagem são definidos a partir de negociação e não impostos por uma das partes.
  6. Desenho dos planos de aprendizagem: O conteúdo é pensado de acordo com a necessidade de conhecimento.
  7. Atividades de aprendizagem: Segundo a Andragogia, as atividades devem se basear em técnicas experimentais.
  8. Avaliação: Deve contemplar a mensuração dos resultados obtidos com o programa e fazer um novo diagnóstico de necessidades.


Fonte: Portal Carreira & Sucesso

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