24 de jul. de 2014

Doutores de perto, calouros de longe

No post anterior comentei sobre o nível de conhecimento e educação dos alunos que ingressam nas faculdades. Hoje, acho pertinente comentar sobre os professores que assumiram o desafio de lecionar a distância. Boa parte com titulação de doutorado e anos de experiência em sala de aula, frente a frente com alunos. Toda essa experiência parece não fazer sentido quando a modalidade é a distância. Como ouvi de uma professora uma vez: "sinto-me uma secretária respondendo e-mails de alunos". 

Após esse primeiro semestre de implementação da modalidade EAD na faculdade, ficam os "traumas" do processo de mudança de cultura, os quais, quem é do RH, conhece bem. Agora, o estágio é aquele em que ou vamos em frente, rompendo as barreiras e dificuldades, ou pulamos fora. 

Ficam os desafios:

  • Como exercer o processo de ensino-aprendizagem de forma efetiva na modalidade a distância?
  • Como fazer o aluno interagir, participar, ser mais proativo no processo de ensino-aprendizagem?
  • Como o professor constrói uma relação mais próxima com o aluno, mesmo sendo a distância?
  • Como desconstruir a imagem do professor que só avalia (ou pune) os alunos, sem se "importar" com eles?
Ficam as certezas:
  • Professor de EAD precisa ser organizado e disciplinado. 
  • Dar aula a distância não é, definitivamente, a mesma coisa que dar aula presencial.
  • Para ser professor de EAD é preciso querer e gostar disso.
  • A tecnologia nem sempre é a nosso favor.
  • Toda a instituição precisa estar envolvida no projeto.
E fica, também, minha opinião: o mundo acadêmico precisa inovar, romper as tradições de aulas expositivas (e cansativas), deixar de preparar o aluno apenas para fazer um trabalho de conclusão de curso livre de plágios e prepará-lo, de fato, para o mercado de trabalho. Isso pode ser feito também na modalidade a distância. Aliás, esse já um caminho para inovação. Só precisa investir e acreditar mais nisso. 

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