Na era do conhecimento, a tomada de decisões deixou a intuição para se basear na análise de dados. Das simples tarefas do dia a dia ao universo corporativo, o big data está se incorporando à rotina das pessoas de maneira revolucionária.
Em resumo, big data são conjuntos dados complexos e em larga escala coletados a partir de variadas fontes. “Dados que antes eram armazenados apenas para registro histórico estão sendo reaproveitados para revelar um valioso conhecimento, empregado como importante fator na tomada de decisão nas empresas”, destaca Emiliano Castro, cientista de dados e cofundador na Robocogs, empresa de análise de dados.
“As companhias estão acostumadas a vasculhar os bancos de dados para entender o que já aconteceu. Porém, as respostas mais valiosas ainda não estão aí. Elas estão no futuro. E para obtê-las, as empresas devem adotar uma abordagem diferente, usando a ferramenta mais poderosa de big data: a modelagem preditiva, um processo que cria estatísticas do comportamento futuro”, explica Castro.
O departamento de Recursos Humanos das empresas, atento a essa nova realidade, está se apropriando do big data para a gestão de pessoas. “Existem relatos interessantes de corporações utilizando modelagem preditiva para estimar a probabilidade de que cada funcionário peça demissão. Também é possível identificar candidatos com maior chance de se tornarem bons colaboradores”, conta o cientista de dados.
Castro explica que o volume e a variedade de dados coletados dos funcionários só tende a aumentar. Um exemplo comum é leitor biométrico, que captura informações que ajudam a apontar alterações de comportamento, stress e outras doenças ocupacionais. A tendência, segundo ele, é que dados relacionados ao fluxo de comunicação e grafo de relacionamento também sejam práticas incorporadas na rotina de análise. “Está vindo uma revolução por aí”, ressalta.
Big data no ensino a distância - Ainda no campo de recursos humanos, a aplicação de treinamentos a distância para a atualização dos colaboradores é recorrente. A aplicação do big data no EAD é possível graças ao software gerenciador de aprendizagem, o Learning Management System (LMS).
“Todos os passos do aluno no LMS geram dados preciosos para o gestor de educação a distância”, afirma Eduardo Amorim, diretor de tecnologia da webAula S/A, empresa especializada em e-learning. A plataforma revela seções com maior dificuldade nos estudos, páginas mais revisitadas, conteúdos populares, entre outros detalhes.
O diretor executivo da webAula S/A, Marcos Resende, explica que esses bancos de dados registram como se forma o conhecimento. “É possível entender a fundo como o aluno reage ao treinamento, e, a partir disso, desenvolver soluções de ensino completamente personalizadas”, diz.
Outro tesouro em forma de big data gerado no ensino a distância é o capital intelectual, conhecimento dos colaboradores que é diretamente aplicado nas atividades corporativas. Para Resende, esses dados valem mais do que as posses materiais da empresa.
“As organizações têm em mãos a soma de todo o capital intelectual de seus colaboradores. Essa base pode servir como indicador para prever o sucesso em determinados campos ou até relevar novas oportunidades a serem exploradas com o know how dos empregados”, destaca.
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Texto de Guilherme Ludwig, jornalista focado em Tecnologia, Mídias Sociais, Internet, Mobile, e-Learning e Telecomunicações.
Fonte: Administradores.com
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