Embora sejam muitas vezes confundidos, profissionais liberais e autônomos são categorias diferentes. Manter e valorizar essa diferenciação pode ser importante na hora de se destacar no mercado de trabalho, uma vez que essas duas categorias são as que mais crescem no País.
Segundo a CNPL (Confederação Nacional de Profissionais Liberais) já há mais de 530 sindicatos criados para as categorias de profissional liberal no Brasil. A associação os define como: "profissionais e trabalhadores, que podem exercer com liberdade e autonomia a sua profissão, decorrente de formação técnica ou superior específica, legalmente reconhecida". Nesse grupo incluem-se médicos, advogados, psicólogos, arquitetos, entre outros.
Já os profissionais autônomos englobam um grupo muito maior de pessoas. No Brasil há cerca de 2,5 milhões de profissionais autônomos segundo dados da Receita Federal. São definidos como "toda pessoa que exerce uma atividade profissional de modo individual e sem vínculo empregatício, incluindo profissionais com nível técnico, tais como eletricistas e marceneiros".
E já que são tão diferentes, por que são tão confundidos? O principal fator, segundo o doutor Paulo Salem, criador do portal Liberalis, voltado para esses públicos divulgarem seus serviços, currículos e artigos gratuitamente, é que existe em nossa cultura a sensação de que não há trabalho fora de empresas, e que quem está fora desse modelo está fora do que é reconhecido. Assim, por vezes são todos colocados na mesma categoria. Ele afirma ainda que o ponto crucial, principalmente para os que estão no início da carreira, é a autovalorização de seus serviços.
"Diferentemente de alguém que trabalha numa empresa, os profissionais independentes precisam não só trabalhar no que fazem melhor, mas também no próprio marketing. Desde o cartão de visita básico até a divulgação comercial, tudo está por conta da própria pessoa. Por isso é importante estar ciente das ferramentas mais modernas e eficazes para essas necessidades periféricas", diz Paulo.
Apesar da variação entre cada profissão, a sociedade está cada vez mais conectada e a tendência geral é o aumento da competição, afinal os consumidores têm cada vez mais meios para escolher cuidadosamente tanto seus advogados quanto seus eletricistas, especialmente com a impressionante popularização da Internet nos últimos anos.
Quanto a isso, Salem alerta para um erro recorrente: "Cuidado para não ficar escondido atrás de redes sociais fechadas! Os perfis e páginas no Facebook, por exemplo, só podem ser vistos por pessoas que tenham conta no Facebook (e que estejam conectadas). Isso significa que se você criar uma página dentro do Facebook para divulgar seu negócio, e algum cliente em potencial procurar por ela usando o Google, ele não conseguirá achar o seu conteúdo. E mais: por incrível que pareça, sites para profissionais também sofrem desse problema. O famoso LinkedIn dificulta a busca de seus usuários via Google. Muitos sites de emprego, por exemplo, só mostram o currículo do profissional para empresas cadastradas", ressalta.
Tal fenômeno se explica facilmente, já que muitas dessas plataformas ganham dinheiro quando as empresas pagam para poderem buscar profissionais. O ideal, portanto, é também ter um site pessoal aberto, de modo que o profissional seja facilmente localizável pelos grandes buscadores da Web.
Fonte: Administradores.com
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